Ontem mesmo me lembrei, voltei de férias do trabalho e foi como se uma onda de lembranças viesse sobre mim.
Não posso fingir que não lembro, e me privar de colocar esse sentimento pra fora.
Não falo pra apenas mostrar, quer dizer.. Pra isso também porque não quero que você se vá sem ter a certeza do que eu sentia – e sei que já tem. E também porque é um direito meu escrever, falar, ou gritar o que eu quiser, só pra não morrer engasgada. Os incomodados que se mudem!
Sentei na minha mesa e vi todas as memórias que guardei por tempos, bichinhos pendurados pelo monitor, fotos, cartas, textos, meus rascunhos na área de trabalho que me fizeram gargalhar por alguns minutos. Milhares de e-mails antigos, com juras de amor, promessas – algumas quebradas , outras cumpridas com êxito – piadas, enfim coisas que ficam na memória há bastante tempo, porque nada é esquecido enquanto for lembrado dentro de nós.
Acredito que a gente mede o quanto queremos alguém, com o tanto que conseguimos ficar longe. Se for assim o prêmio de fracasso vai pra mim, porque sou péssima com esse negocio de me manter afastada. Se amo, uma mensagem ou outra vai acabar escapando.. E quando não escapar, me da um certo medo. No fundo não quero enterrar algo que ainda me faz sorrir.
"Será que nunca vai passar? Não é dor, parou de doer a um bom tempo, é falta sabe? Uma falta absurda que me faz sentir você no fundo dos meus ossos, em cada célula do meu corpo, em toda essa insônia que me persegue agora. A verdade é que só me senti em paz com você. Nos teus braços, na bolha de nós, nos tantos momentos embaralhados na vida. E agora você se foi. E uma parte minha, aquela que me trazia calma e freava meus passos ansiosos foi junto. Mas não é dor, eu nem choro mais, é só esse vazio de você. É a falta. Essa falta que machuca, que tira a paz e me faz fazer coisas absurdas. Como essa que eu havia prometido parar. "
Não prometo não escrever mais, às vezes as coisas sufocam de tal forma que preciso fazer isso. Uma hora ou outra eu paro, prioridades passam, e você vai perceber quando passar. Sei que as circunstâncias te fizeram ir embora e não quero entrar naquela discussão de sempre em que você pega toda a tralha e joga em cima de mim, dizendo que a culpa é minha. Eu já sei que é. Maaaas viva a liberdade de expressão, e por ela estou aqui, pela quadragésima vez.
Te deixo, afinal devemos ter a liberdade de querer ficar.
Ps. Texto meramente
retórico.
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