terça-feira, 2 de junho de 2015

‘QUANDO SE PEDE O ÓBVIO’


Enquanto tomo uma caneca de chocolate quente, e mergulho em alguns textos de Daniel Bovolento, meus pensamentos só focam no meu maior problema, e que também é a minha maior solução.

Me peguei pensando na nossa ultima conversa, cheia de insultos, grosserias e mágoa.. Muita magoa.

Confesso que depois do beijo e do abraço que sempre nos ‘salvou’ esqueci metade das palavras que foram ouvidas por mim e ditas por você (vice e versa). Mas agora lendo textos e voltando a colocar os pés no chão – que por alguns momentos sua presença me tira - a sensação do abraço passou bruscamente e o sentimento de angustia, medo e uma duvida ensurdecedora começou a tomar conta de mim.
De tudo que foi falado, de todas as palavras e sentimentos que foram vomitados naquela noite, o que está pairando em meus pensamentos é o meu pedido para que não mentisse pra mim.

Então penso: O que significa quando chegamos a um estagio em que começamos a pedir/implorar pelo óbvio?
O que é o óbvio nesse caso? Vou explicar. Ou melhor, não. Não tenho o que explicar, acho que é meio óbvio ne?

Pedir para alguém que ama você não mentir, não enganar, não vacilar é meio óbvio.. Não é um favor, não é um pedido é como se fosse uma combinação de alimentos, tipo goiabada e queijo entendem? É óbvio têm que estarem juntos, e se não estiverem, todos sabem que fica bem melhor juntos. E é como o amor e a mentira, se ama não mente certo? É óbvio! Fica até difícil de explicar, fica difícil de entender também.


Eu fiz um pedido do fundo da minha alma, esperando algum tipo de sensibilidade com aquilo, esperando que depois fosse ficar tudo bem, mas parando pra pensar agora, não precisava ter sido pedido sabe, não fazer algo que vá machucar alguém não devia ser um acordo, um combinado, só devia existir essa ‘noção’ de fazer as coisas certas, sem exigências, pelo simples fato de existir um sentimento recíproco de amor. A vontade era fugir, deixar tudo para trás, e esquecer que as coisas aconteceram, mas nunca tem fuga quando a coisa da qual a gente foge mora dentro da gente. Doeu.

Dói ainda mais não saber se levo isso tudo ao pé da letra, ou a gente finge que nunca aconteceu. A dúvida tortura a gente, corrói até o ultimo momento, até ficar indiscutivelmente insuportável.

Não adianta fugir, deixar pra lá, tentar camuflar as dores e os problemas, como dizem: “esse é problema da dor, ela precisa ser sentida”. Não peça o obvio pra ninguém, mostre que valores não são impostos, são vividos livremente.

Ps. Vazios que me desculpem, mas não ter o amor não dói tanto quanto ter que se desfazer dele.


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