sexta-feira, 26 de junho de 2015


' E SE FOSSE A ULTIMA VEZ? '



Há alguns dias atrás, tivemos a triste noticia de que o cantor sertanejo Cristiano Araujo e sua namorada Allana Moraes morreram em um terrível acidente de carro.

É um assunto que comoveu acredito que quase todo mundo, e até aqueles que não eram fãs (como eu) se solidarizaram com o ocorrido. Mas, entre lagrimas, e a compaixão pelos familiares têm sempre aqueles com uma grandiosa falta de amor no coração, falta de Deus, e uma tremenda falta de respeito com o ser humano. É até difícil de acreditar que existem pessoas sem um pingo de compaixão, e postam fotos/vídeos e etc da preparação do corpo para o funeral, sem ao menos pensar na dor da família e dos amigos.

Eu cheguei a receber este vídeo, confesso que senti vergonha do ser humano, senti um embrulho no estômago de ver que ali, naquele vídeo onde zombavam e não tinham nenhuma ética e respeito por aquele trabalho era um ser humano, era uma vida que foi tratada como se não tivesse nunca sido nada. E fiquei me perguntando, quem somos nós? O que somos?

Saindo um pouco da indignação com a falta de respeito com o ser humano, tudo isso me fez refletir sobre o que temos feito para que a nossa passagem aqui no mundo tenha valido a pena?
Será que temos amado o suficiente? Cuidado o suficiente? Vivido o suficiente? Ou somente temos ‘sobrevivido’?

A morte é algo realmente assustador em partes, não da pra saber, não da pra imaginar o que pode acontecer em dias, horas, minutos, SEGUNDOS. Em um dia tudo bem, todos juntos no outro, um a menos parece brincadeira!

Nunca estamos preparados para perder alguém que amamos, nunca estamos preparados também pra partir. Ontem me fizeram a seguinte pergunta “O que você faria se hoje fosse seu ultimo dia”?

Isso me fez pensar em tantas coisas, me fez chorar. O que faríamos se soubéssemos que ‘aquele encontro’, ‘aquela vez’, ‘aquela conversa’, ‘aquela briga’, ‘aquele beijo’, ‘aquele abraço’ ou ‘aquelas palavras’ fossem as ultimas?

Será que ao invés de falarmos e/ou fazermos tantas coisas pra machucar na hora em que estamos chateados, magoados, ou com raiva faríamos algo diferente? Teríamos algum gesto de amor ao invés de um gesto de desprezo? Será que prestaríamos mais atenção nos pequenos detalhes sobre como aquele alguém te faz rir o dia inteiro, ou sobre como tem pessoas que quase não falam, mas estão sempre dispostas á ouvir os seus problemas? Será que o “eu te amo” seria ainda tão vago como é hoje em dia? Será que as pessoas seriam mais verdadeiras umas com as outras? Será que guardaríamos tantas magoas ao invés de pensar nos momentos bons que passamos ao lado de quem amamos.

Será que você faria mais ligações, visitaria mais vezes, abraçaria e beijaria mais?
Será que a preocupação, o cuidado seria mais recíproco?

São perguntas que a gente sempre se faz quando a morte chega, quando alguém que até ontem estava falando com você, hoje não vai nem ao menos sorrir. A morte é a única coisa que não podemos mudar, o desespero de perder alguém e o remorso de “podia ter feito mais” ou “podia ter amado mais” ou “podia ter sido diferente” é uma dor imensurável, e nada, absolutamente nada do que fizermos irá trazer aquela alguém de volta. Pessoas vêm e vão. O problema é o que fica. O problema é o que a gente sente com o que não fica.

Por isso ame, ame até não caber mais amor dentro de você.. E se não der certo, ame de novo, ame mais, ame duplamente mais, ame e demonstre esse amor. Todos nós precisamos disso.. Nós nunca sabemos quando será a ultima vez.


Ps. “O amor precisa de apenas um corpo com vida para existir.”


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